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Sarau “O amarelo vivo, o rosa violáceo, o azul pureza e o verde cantante”: Samba, Modernismo e Identidade.

23.07.2012

Na tarde do último sábado, 21 de Julho, o Programa de Educação Patrimonial Trem da Vale, por meio das Bibliotecas Infantojuvenis das Estações, promoveu o Sarau “O amarelo vivo, o rosa violáceo, o azul pureza e o verde cantante”: Samba, Modernismo e Identidade.

Inserido no âmbito do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana – Fórum das Artes 2012, que tem como tema: “Latinoamérica ¿Libertas, Libertad, Liberdade?”, o sarau abrangeu músicas, poemas, contos e textos que contemplaram a temática do “Modernismo e a busca de raízes”, onde a tônica é a ideia de patrimônio relacionada à afirmação de uma identidade nacional.
O Sarau foi idealizado pela Equipe do Vale Conhecer e apresentado pelo grupo teatral “Cia Trem que Pula”, que representou a chegada dos modernistas a Ouro Preto e inusitado encontro desses com a D. Olympia – uma figura lendária ouro-pretana.
A Equipe do Vale Conhecer elaborou ‘minuciosamente’, além do roteiro e repertório musical e de poemas, todo o cenário – um bar alusivo ao tradicional Restaurante do Toffolo de Ouro Preto. O pano de fundo desse sarau foi a visita dos modernistas a Ouro Preto no ano de 1924 - ocasião em que a Vila Rica é ‘redescoberta’ e, motivados pela necessidade de compreender a cultura brasileira e de resgatar seus valores autóctones, na busca por uma tradição genuinamente nacional, os modernistas se encantam com essa cidade de outrora que, em 1938, é tombada pelo patrimônio histórico nacional.
Executado pelo quarteto Érika Curtiss (Voz), Daniel Troquete (voz e viola), Márcio Lima (flauta transversal), Gertison Vagner (Percusão), o repertório musical desse encontro lírico contemplou o samba – símbolo de identidade nacional brasileira, além de canções folclóricas e de outros compositores de destaque local e nacional.
O Sarau teve início na Praça do Coreto, com uma intervenção cênica e, em cortejo, seguiu para a Tenda Cultural, onde o evento prosseguiu. Cerca de 160 pessoas estiveram presentes e todos foram convidados a declamar, criar, recitar, cantar, ouvir, ler e interpretar poesias e celebrar as nossas raízes, embarcando com D. Olympia e os modernistas num inusitado “trem das cores”. Vale destacar a participação do público infantil que frequenta a Biblioteca da Estação de Ouro Preto, que declamou poemas previamente trabalhados pela equipe das Bibliotecas do Programa Trem da Vale.

 

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