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Trem da Vale resgata profissão

28.05.2009

FCA forma o novo maquinista da locomotiva a vapor do Trem da Vale
Gleison Gonçalves, 28 anos, é o novo maquinista do Trem da Vale. Ele formou no dia 25 de abril no curso ministrado pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), e já está conduzindo a Maria-Fumaça que liga Mariana a Ouro Preto.
Gilberto da Cruz, Instrutor de Tração da FCA, é o profissional responsável pela capacitação de todos os funcionários da área operacional e, também, tutor dos maquinistas durante e após o processo de treinamento. Segundo ele, o curso ministrado para Gleison Gonçalves abre portas para que novos profissionais se formem. “Eu já tinha experiência em formar maquinistas, mas para trabalhar com máquinas a vapor, foi a primeira vez. Foi muito interessante”, revela.
De acordo com Gilberto da Cruz, para se tornar um maquinista hoje na FCA, primeiro a pessoa entra para a companhia e passa um período conhecendo a empresa. Depois de um tempo de adaptação ela começa o treinamento para se tornar maquinista.
Segundo Roberto Gomes, gerente de operação de trens turísticos da FCA, Gleison Gonçalves está na FCA há oito anos, onde foi mantenedor de via no trecho do Horto. Ele participa do Trem da Vale desde sua inauguração, há três anos, e sempre esteve envolvido com o trecho entre Mariana e Ouro Preto. Roberto explica que Gleison começou no programa da Vale como oficial da via, tornou-se foquista, depois auxiliar de maquinista e agora formou-se como maquinista, depois de cumprir 368 horas de treinamento teórico e prático e 40 horas de treinamento teórico e simulado.
Para ser ferroviário hoje, é preciso passar por cursos e processos que existem em várias instituições. A FCA é uma dessas empresas. Contudo, quando as ferrovias vieram para o Brasil, não existiam esses cursos. A profissão dos pais eram passadas para os filhos, formando, assim, linhagens de ferroviários. Para esses maquinistas de trem, a profissão era motivo de orgulho e era, ainda, uma tradição.

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